quarta-feira, 8 de junho de 2011

Evoluindo Sempre


Infelizmente, há um aspecto bastante palpável da tecnologia cuja naturalidade e espontaneidade raramente são levadas em conta pelas pessoas: o de transformar-se incessantemente com o tempo. É mais do que óbvio que toda tecnologia passe por mudanças, tendo em vista que o homem tem a liberdade de adaptar técnicas que já tenha desenvolvido, dependendo de suas necessidades e interesses. As tecnologias, afinal, se prestam a servi-lo. Mesmo havendo essa lógica, há uma insistência geral no fato de as pessoas, a cada transformação tecnológica, seja ela qual for, espantarem-se, rechaçarem; há muitas críticas, medos, incertezas e outros sentimentos – provocados pelo novo, pelo diferente.
A tecnologia da informação, veiculada pelo uso da escrita, tem sofrido muito com esse tipo de reação num ambiente que, supostamente, deveria ser o primeiro a incorporar na coletividade a aceitabilidade ao novo: a escola. Esse é um local de difusão de valores sobre o mundo, de formação de cidadãos. Não há justificativa cabível para a escola que se recusa a inserir tecnologias recentes em sala de aula. É querer ignorar uma realidade forte demais. A era da informação é onipresente no cotidiano de qualquer pessoa civilizada (desde a hora em que acordamos, quando lemos o jornal, até irmos dormir, quando desligamos a TV). Inúmeros jovens estudantes passam o dia frente à tela do computador, batendo papo no MSN, conferindo e-mails incontáveis vezes, escrevendo dezenas de scraps, posts e depoimentos no Orkut, participando de fóruns, lendo mangás, etc., etc., etc. O professor tem o dever ético de trazer o ensino para a realidade. A potência das tecnologias da informação é gritante demais para se fingir, que não existe ou que não influencia a vida e a formação individual e social dos cidadãos. Por isso, é um atraso, uma dissimulação, não incluir, por exemplo, a computação em sala de aula.
O conceito de contextualização do ensino é distorcido nos mais refinados ambientes acadêmicos. Enquanto os educadores continuarem acreditando que uma escola que já faz uso constante de computadores na sala de aula é inovadora, a idéia de localizar o ensino na realidade permanecerá defasada. É exatamente o contrário: não é a escola computadorizada que é inovadora, mas sim a escola sem computadores que está ultrapassada. O conceito de normalidade está presente na escola que usufrui o computador plenamente, não nas outras.
O surgimento da tecnologia da escrita foi decisivo para o progresso intelectual da humanidade. Tentar barrar o fluxo de atuação dessa tecnologia pode ter resultados de proporções inimagináveis. Na própria educação, não se pensa nas repercussões sociais do ensino descontextualizado. Enquanto as aulas de Português continuarem ignorando a intensidade das tecnologias da informação, como tem ocorrido, a escola prosseguirá sendo o pilar falido no qual se sustenta a formação da própria sociedade. As tecnologias da informação não param de evoluir e tomam cada vez mais espaço na vida do homem, adaptando-se a diferentes contextos, incorporando modificações, por vezes resgatando princípios que haviam se perdido no tempo.
Os gêneros digitais da tecnologia digital podem e devem ser utilizados como recursos metodológicos eficazes para um trabalho que permita a criação de práticas reais de leitura e escrita. Hoje não basta somente saber escrever; deve-se também utilizar a escrita em ambientes ligados à tecnologia digital. Se bem aproveitada, a tecnologia digital otimiza o letramento digital. Trata-se de utilizar os computadores, a web e os gêneros desse contexto como ferramentas cognitivas para formação de leitores e produtores de textos proficientes, aptos para atuarem como cidadãos digitais, apropriando-se das mídias para analisar seu entorno, acessarem informação e apresentarem-se ao mundo por meio da escrita.
Felizmente, algumas instituições de educação já apresentam uma resposta mínima a essa forma de letramento, adotando manuais didáticos de Língua Portuguesa com algumas reflexões sobre blog, chat e outros textos digitais. É claro que o fato de os compêndios de Língua Portuguesa terem essa abordagem meramente teórica não permite aos alunos situações de interação on-line, escrever para um interlocutor real, tendo um objetivo, mas já é um passo.
Os voluntários do Texto Livre têm contribuído significativamente ao colaborar com a qualificação de documentos que visam à inclusão digital e esclarecimento do uso de softwares excelentes, mas que às vezes deixam de ser utilizados por dificuldades diversas. Isso mostra que estamos diante de uma tecnologia que veio pra ficar e melhorar cada vez mais, uma tecnologia que tem o papel de colaborar com o homem, facilitando a vida das pessoas, otimizando atividades corriqueiras, poupando tempo, aproximando-nos uns dos outros. Todos somos essas pessoas que atuam favorável ou desfavoravelmente frente à dinâmica da tecnologia. Querendo ou não, seremos vencidos pelo futuro que não espera ninguém. Ele vem chegando a seu próprio ritmo e carregado de novidades. A novidade que estamos enfrentando já está superada para muitos, para os que não temem e não param.
Nós, professores que concluímos a disciplina brilhantemente ministrada pela professora Fricke Matte na Especialização, temos a sensação gratificante de estar com essa tecnologia desmitificada e bem assimilada. Sabemos que podemos e devemos fazer parte da história do futuro, utilizando a web os recursos de softwares livres para ensinar uma escrita que faça sentido, que tenha um interlocutor, um objetivo, uma escrita real – e certamente vamos batalhar por tudo isso.
Jul/2008.

Um dia aprendi


 
Aprendi que é bobagem fugir das dificuldades.
 Mais cedo ou mais tarde,
será preciso tirar as pedras
do caminho para conseguir avançar.
Aprendi que, perdemos tempo nos
preocupando com fatos que
muitas vezes só existem na nossa mente.
Aprendi que, é necessário um dia de chuva,
para darmos valor ao Sol.
 Mas se ficarmos  expostos muito tempo, o Sol queima.
Aprendi que , heróis não são aqueles
que realizaram obras notáveis.
Mas os que fizeram o que foi necessário ,
 assumiram as consequências dos seus atos.
Aprendi que, não vale a pena se tornar
indiferente ao mundo e às pessoas.
 Vale menos a pena, ainda, fazer coisas para conquistar migalhas de atenção.
Aprendi que, não importa em quantos pedaços meu coração já foi partido.
O mundo nunca parou para que eu pudesse consertá-lo.
Aprendi que, ao invés de ficar esperando
alguém me trazer flores,
é melhor plantar um jardim.
Aprendi que, amar não significa transferir aos outros a responsabilidade de me fazer feliz. Cabe a mim a tarefa de apostar nos meus talentos e realizar os meus sonhos.
Aprendi que, o que faz diferença
não é o que tenho na vida, mas QUEM eu tenho.
E que, boa família são os amigos que escolhi.
Aprendi que, as pessoas mais queridas
podem às vezes me ferir.
E talvez não me amem tanto
 quanto eu gostaria, o que não significa
que não me amem muito,
talvez seja o Maximo que conseguem.
Isso é o mais importante.
Aprendi que, toda mudança inicia
um ciclo de construção,
se você não esquecer de
deixar a porta aberta.
Aprendi que o tempo é muito
precioso e não volta atrás.
 Por isso, não vale a pena resgatar o passado.
 O que vale a pena e construir o futuro
.